quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O PROJETO VIDA DO SOLO VAI ATÉ ICHU E PREPARA AGRICULTORES PARA PRODUZIREM COM BASE AGROECOLOGICA.

PROJETO AGUA NA ESCOLA FINANCIADO PELA PEPICICO CERÁ CONSTRUIDO 16 SISTERNAS NO MUNICÍPIO DE ICHU-BA ( texto ichu notícia )

Ainda na sexta-feira com o tema principal voltado a estiagem na região, algumas dicas foram abordadas sobre água, subsolo, conhecimentos sobre plantas, e foi citado como exemplo  o umbuzeiro que pode armazenar 3.000,litros de água numa arvore adulta.

Elaborar e implementar uma política de ações produtivas para as famílias de agricultores e agricultoras familiares do semiárido brasileiro e em especial em Ichu, está sendo a proposta da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) que através da parceria com a APAEB realizou entre os dias 07, 08 e 09, treinamentos com agricultores familiares do nosso município atingidos pela longa estiagem.
O encontro aconteceu no povoado do Licuri e contou com a participação da comunidade, alé do representante da APAEB de Serrinha, o senhor José Roberto.
Uma das principais temáticas abordada foi o incentivo da construção de Cisternas de produção e de consumo para captação e armazenagem de água da chuva, como também algumas técnicas de plantio ensinada aos agricultores familiares.
Na sexta-feira dia 08, a reunião começou com um vídeo onde ensinava os métodos de sobrevivência  no semiárido, o vídeo também mostrou as técnicas de plantio, já que moramos numa região muito seca também foram mostrado a importância das construções de aguadas.
A comunidade por sua vez falou de sua experiência, e como era a comunidade a 20 anos atrás, onde segundo eles já ouve um grande avanço embora reconheçam que falta melhorar muito.
Já no sábado outras temáticas voltadas a AGROECOLOGIA que consistem em uma produtividade com prevenção ao meio ambiente foi destacado pelo palestrante Abelmanto Carneiro de Oliveira. Ele ressaltou a importância de se produzir na terra sem prejudica-lo, com ações simples que consequentemente nos garante uma melhor qualidade de vida com alimentações mais saldáveis.
A intenção do movimento segundo o palestrante, é mostrar ao agricultor que em pequenas propriedades pode se viver bem, bastando apenas uma transformação nas mentalidades das pessoas dentro do contexto agroecológico, e isso já está sendo feito nas palestras que vem acontecendo nem só em Ichu como também em outros municípios, destacou.
Ele também lembrou outros projetos como UMA TERRA E DUAS ÁGUAS, projeto AGUADAS, ÁGUAS PARA TODOS, MAIS ÁGUA dentre outros que faz parte da transformação do semiárido em um lugar bom para se viver.
 A agricultora Maria Alves Conceição da Silva, mais conhecida como dona Deinha (52 anos) que mora no povoado do Licuri, achou muito importante a palestra que aconteceu nesses três dias, segundo ela vários assuntos abordados ela não sabia e agora ficou sabendo.
Ela disse ainda que se impressionou bastante com a técnica ensinada para fazer hortas, e a utilização da palma torrada para alimentação das galinhas, porcos, ovelhas e bois. Ela garante que vai passar para todos seus famíliares e para os vizinhos sobre o que tem aprendido no encontro. Ela ressalta que alguns experimentos vai realizar em breve, principalmente do adulbo a partir das fezes dos animais e também da farinha de palmas para alimentos de animais.
Nesta segunda-feira dia 11 no programa Ichu Notícias da Rádio Independente FM, você confere a entrevista realizada com Abelmanto o palestrante do evento, além da entrevista com dona Deínha do Licuri que falou das técnicas que aprendeu no encontro. O programa vai ao AR a partir do meio dia.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

AS 20 LIÇÕES DO AGRONEGÓCIO PARA A RIO+20
 CAPRINOS
A menos de 100 quilômetros dali, em Riachão do Jacuípe, o pequeno produtor Abelmanto Carneiro, de 39 anos, garante sua produção de caprinos e ovinos com as cisternas obtidas pelo P1+2. Com elas, ele conseguiu não só desafiar a seca, como também fez bom proveito dela. Por preços bem inferiores, comprou 14 cabeças de produtores que se desfizeram dos animais por falta de alimento na seca. O novo rebanho, além das 40 cabeças que já criava, tem garantido ao produtor uma média de 7 litros de leite diariamente. “Comprei por R$ 300 cada cabra de leite, que custa R$ 1.200. Me preparei para isso”, conta. Para ampliar o rebanho num período crítico, Carneiro estocou 1,5 tonelada de alimento para os animais durante o último inverno. A dieta das cabras – composta por palhada de milho, farelo de palma, mandacaru desidratado, capim, sorgo e sementes – vem toda da propriedade.
Embora caprinos e ovinos sejam mais adaptáveis à seca em relação aos bovinos, a maioria dos produtores da região resiste em adotar as criações. A situação começa a mudar depois do trabalho de conscientização do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município, com auxílio da ONG Movimento de Organização Comunitária (MOC). “Mas ainda são menos de 50% dos produtores que criam. Estão começando a ver que a cultura gasta menos e se adapta melhor à seca”, afirma o presidente do sindicato, Renivaldo Miranda.
      Além das cisternas conquistadas via P1+2, Carneiro conta ainda com reservatórios de água que ele mesmo construiu. A propriedade de 10 hectares tem hoje capacidade para armazenar quase 1,9 milhão de litros de água. “E eu não penso em parar por aí”, revela.
       A chuva ainda não deu sinais de aparecer na região com força para reabastecer os reservatórios, mas o produtor já tem planos para a próxima estiagem. Quer aumentar a estrutura para estocar alimento animal para adquirir novas cabeças e está construindo outra para fazer o confinamento dos ovinos para abate. “Quando chove, a gente tem excesso de alimento que não consegue aproveitar”, explica.
      Quase metade do município vive da produção agropecuária – 14 mil dos 33 mil habitantes. Mas ainda são apenas 20 as cisternas calçadão construídas pelo P1+2 em Riachão do Jacuípe. A ousada meta de construção de 1 milhão de cisternas para consumo deve ser atingida até 2014, segundo previsão estipulada pela presidente Dilma Rousseff, com o apoio do programa Água para Todos. (Fonte Globo Rural)

domingo, 10 de fevereiro de 2013

CONSEITO DE UMA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL


  A agricultura sustentável prossegue três objetivos principais: 
   a conservação do meio ambiente,
   unidades agrícola  lucrativas, e a criação de comunidades
   agrícolas prósperas. Estes objetivos têm sido definidos de
   acordo com diversas filosofias, práticas e políticas,
   tanto sob o ponto de vista do agricultor como do consumidor. 
Refere-se, portanto, à capacidade que uma determinada
unidade agrícola (ou, numa perspectiva global, o próprio
planeta) tem de continuar a produzir, numa sucessão sem
 fim, com um mínimo de aquisições do exterior. As plantas
cultivadas dependem dos sais minerais presentes no solo e
           na água, do ar e da luz do sol como recursos para produzir o seu próprio alimento através da
           fotossíntese. Esse alimento (o amido, e não só) é também a base da alimentação humana.
           Quando é feita a colheita, o agricultor está a recolher aquilo que foi permitido à planta produzir
           com os recursos que tinha à sua disposição. Recursos esses que
           têm de ser repostos para que o ciclo de produção continue. Caso contrário, existe a sua exaustão
           e a terra torna-se estéril. Ainda que a luz do sol, o ar e a chuva estejam, praticamente, disponíveis
           na maior parte das localizações geográficas do planeta, os nutrientes presentes no solo são
           facilmente exauríveis. Resíduos das plantas cultivadas, o azoto fixado por bactérias que vivem em
           simbiose na raiz de algumas leguminosas, ou o estrume dos animais criados nas unidades
           agrícolas consideradas são alguns dos meios possíveis para repor os sais minerais
           necessários ao desenvolvimento de novas colheitas. O próprio trabalho agrícola, executado
           pelo ser humano, de forma autónoma ou com a ajuda da tração animal deve ser contabilizado
           nesta perspectiva de "reciclagem" energética, já que se pode supor que estes se podem
           alimentar exclusivamente do que é produzido na unidade agrícola. A aquisição de produtos ou
           serviços exteriores à unidade agrícola, como fertilizantes para as plantas ou combustível
           fóssil para máquinas reduz a sustentabilidade, já que torna a comunidade dependente de
           recursos não-renováveis e pode incorrer em externalidade negativa. Quanto maior for a
           autonomia da unidade agrícola, ao não necessitar de aquisições exteriores no sentido de manter
           os mesmos níveis de produção, maior será o nível de sustentabilidade do seu sistema de produção.
               




domingo, 3 de fevereiro de 2013

AGROECOLOGIA: PROCESSOS ECOLÓGICOS EM AGRICULTURA SUSTENTÁVEL.

Os conceitos da agroecologia podem ser aplicados em qualquer sistema e escala de produção, o projeto VIDA do SOLO vem observando e desenvolvendo técnicas  e se dedica ao ensino com aulas práticas nas áreas rurais valorizando o homem no espasso em que vivem tornando-o e preparando para o convivio no ambiente, diante de suas pesquisas e experiências de produção agroecológica na agricultura local nos sistemas de produção em pequenas propriedades rurais, do manejo agrícola tradicional ao convencional.
O projeto VIDA do SOLO nota que a agroecologia vem  buscando princípios para uma resposta do entendimento de como funcionam a natureza e os sistemas naturais. Essa resposta posiciona diante da Ecologia uma ciência que oferece muitos conhecimentos, metodologias de entendimentos de como funciona a natureza, de como a natureza se manteve depois de tanto tempo e como se adapta às mudanças com o tempo também. Vem trazendo esses conceitos e conhecimentos à agricultura buscando sempre parceria com outras organizações para uma perspectiva de novos conhecimentos.
Para o projeto vida do solo, a agricultura moderna, num certo grau, perdeu sua base ecológica. O que se vê é que agroecologia está oferecendo à sociedade uma forma de reintroduzir as bases ecológicas. Assim, ela reflete a aplicação dos conceitos e princípios ecológicos no desenho e manejo de agroecossistemas  sustentáveis. No tocante à agricultura sustentável, para o projeto vida do solo, esta seria uma agricultura que protege a base dos recursos naturais e permite uma economia viável e também propõe um aspecto social justo e aberto com todos que fazem parte do ambiente. Uma das principais críticas feitas à agroecologia é de que não seria possível produzir alimentos para todos se a produção for ecológica. Mas, para  mim  há duas formas de contestar essa crítica. Pode-se perguntar se a agricultura convencional está levando alimento à mesa das famílias e produzindo alimentos suficientes para todos. Há muita fome no mundo. Para se ter uma ideia  a agroecologia é realidade. Segundo os conhecimentos que vêm sendo desenvolvidos, é possível produzir mais em menos áreas com o enfoque agroecológico do que pelo enfoque convencional, porque o convencional sempre vai pensar no mercado externo.