sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia Mundial da Água: cisternas contribuem para melhoria da qualidade de vida no Semiárido
Mesmo com a seca, ainda há gente que não troca a propriedade no sertão por um lugar onde chova mais. Nesta sexta-feira (22) em que se comemora o Dia Mundial da Água, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) reforça o compromisso de universalizar o acesso à água para as famílias mais pobres do Semiárido. Até 2014, o MDS investirá R$ 705 milhões na construção de cisternas de placas para captação e armazenamento de água na região.

Com o Programa Água para Todos, o governo federal quer que os agricultores familiares do Semiárido deixem de percorrer quilômetros com baldes e tonéis ou abandonem suas terras no período de seca. As cisternas de captação de água e as tecnologias para produção estão garantindo a permanência das famílias e a convivência com o Semiárido.

O agricultor Abelmanto Carneiro de Oliveira é uma dessas pessoas. Com a mulher e a filha, ele tem uma propriedade de 10 hectares na Comunidade de Mucambo, a 16 quilômetros do município de Riachão do Jacuípe (BA). Antes de ter a primeira cisterna, construída em 2004 com recursos próprios, a família bebia água de um tanque de barro que também era destinada aos animais. Em 2008, o agricultor construiu uma nova unidade de captação e armazenamento de água, com apoio do MDS.

O sertanejo aprendeu a conviver com a estiagem rotineira, a garantir a segurança alimentar e nutricional de sua família e a aproveitar melhor o período escasso de chuva. Nos poucos dias que chovem no Semiárido, as pessoas têm que encher as cisternas, açudes e outras tecnologias para consumo, irrigação e criação de animais. “A chuva vem de uma vez e de forma irregular. Só faz água mesmo a chuva de verão, aquela de trovoada, entre novembro e dezembro. E, às vezes, só chove dois dias nesse período”, conta o agricultor.

Além de plantar e criar cabras e ovelhas, ele vende a produção excedente ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “Aqui é um lugar bom de viver, é um paraíso, mesmo com as dificuldades. Quem sabe conviver com a falta de água, acaba sendo um vencedor.”

domingo, 10 de março de 2013

VISITA EXITOSA NO SITIO DEMONSTRATIVO DO PROJETO VIDA DO SOLO EM MUCAMBO

Foto: Chegada da visita exitosa no sitio demonstrativo do projeto VIDA do SOLO em Mucambo, a FETAG Bahia realiza um de seu intercambio com os agricultores do municípios de Santa Barbara, Agua Fria e Feira de Santana para conhecer as técnicas aqui usadas.Chegada da visita exitosa no sitio demonstrativo do projeto VIDA do SOLO em Mucambo, a FETAG Bahia realiza um de seu intercambio com os agricultores dos municípios de Santa Barbara, Agua Fria e Feira de Santana para conhecer  
 as técnicas aqui aplicadas.
Momento em que apresentavamos a prática sobre nutrição das plantas, nutrientes onde os vegetais exigem em grandes quantidades e onde encontrar a disponibelidade desses nutriêntes na propria propriedade, sistema de produção.
Foto: Momento em que apresentavamos a prática sobre nutrição das plantas, nutrientes onde os vegetais exigem em grandes quantidades e onde encontrar a disponibelidade desses nutriêntes na propria propriedade, quanto também conhecer o sistema radicular de uma planta, o pessoal aproveitaram bastante e entenderam que é necessario pará pra conhecer melhor o seu sistema de produção.Quanto também conhecer o sistema radicular de uma planta, o pessoal aproveitaram bastante e entenderam que é necessario pará pra conhecer melhor o seu sistema de produção.
O projeto Vida do Solo vem construindo cidadania e transformando a agricultura em uma agricultura sustentavel com base na agroecologia, vem reconstruindo o espasso em que vive em um espasso harmonioso.

sábado, 9 de março de 2013

DIA DE CAMPO SERA REALIZADO COM 65 AGRICULTORES DO RECÔNCAVO BAIANO

Foto: conhecendo as tecnologias de captação de agua são sistema de barraginhas sucessivas para agua subterranea.     Amanhã o projeto Vida do Solo estará realizando um dia de campo com 65 agricultores do recôncavo baiano, são agricultores acompanhados pela FETAG Bahia na chamada publica de ater onde será uma grande troca de experiência entre agricultor e técnicos, é mais uma vez o projeto vida do solo construindo cidadania e transformando o semiárido em uma agricultura com base na agroecologia, venham conhecer também as tecnologias de captação de agua emplantadas no sitio demonstrativo são sistema de barraginhas sucessivas para reabasticer as aguas subterranea.
Foto: Apresentando a bomba MALHAÇÃO com sua capacidade de vasão, fiquei hoje muito contente a EMBRAPA de Cruz das Almas na pessoa de Dr: Marcelo Ribeiro Romano realizou um teste de vasâo da bomba Malhação foi mesmo supreendente 1.320 litros por horas podendo chegar a 1.480 me trás muita segurança ai esta eu mostrando pra todos o funcionamento.A bomba MALHAÇÃO é auvo com sua capacidade de vasão, fiquei hoje muito contente a EMBRAPA de Cruz das Almas na pessoa de Dr: Marcelo Ribeiro Romano realizou um teste de vasâo da bomba Malhação foi mesmo surpreendente 1.320 litros por horas podendo chegar a 1.480 me trás muita segurança ai esta a demonstração pra todos como funcionam. Abel e Jacira idealizador do projeto agradece.

O MÉRITO RECONHECIDO PELA ASA BRASIL.


Presados amigos quero neste momento socializar com todos vocês.
Hoje uma reporte da Asacom, (assessoría de comunicação da ASA Brasil em Recife na pessoa de Veronica me traz um notícia fabulosa), recebi hoje à tarde por telefone uma proposta pra concorrer a um premio destaque como um dos agricultores que aprendeu de verdade a conviver com o semiárido e concorrendo com mais dois agricultores de Pernambuco, fico feliz, pois estou representando a Bahia, é isso que Abel vem fazendo, quem sabe serei o vencedor! O prémio vem da ideia de uma rede de revista publicando as ideias e as inovações encontradas no semiárido brasileiro, motivo de muuuuuito orgulho pra quem reconhece o mérito, agradeço por todos que me apoiaram e se eu conquistar será em homenagem a todos vocês.

terça-feira, 5 de março de 2013

A contribuição dos organismos que vivem no solo:

   
 A agricultura é a arte de colher o sol. Esta frase, divulgada nos cursos de Agronomia, expressa o quanto a agricultura depende de fenômenos e elementos naturais mais do que qualquer outra atividade econômica conhecida. Isso ocorre porque a produção agropecuária depende de uma capacidade especial que só os vegetais possuem dentre todas as espécies vivas: a de sintetizar seu próprio alimento. Porém, assim como todos os demais seres vivos, as plantas também precisam de água e nutrientes minerais que são retirados pelas raízes do solo. Entretanto, somente as plantas podem “fabricar” as substâncias orgânicas que necessitam para sua nutrição e o fazem através de um processo bioquímico chamado de fotossíntese, o qual depende da energia do sol para acontecer. Fotossíntese pode ser definida como uma complexa cadeia de reações, realizada através da energia luminosa absorvida por pigmentos especiais (como a clorofila), que resulta na síntese de compostos orgânicos (açúcares) a partir de gás carbônico e água(Modesto & Siqueira, 1981:13.9). Todos os demais compostos essenciais para estrutura e metabolismo celular da planta são produzidos através desses compostos orgânicos resultantes da fotossíntese. E como todos os organismos vivos dependem dos vegetais para sobreviver, podemos dizer, que a vida na Terra depende do processo de fotossíntese para existir. É esta energia do sol condensada e sintetizada nos tecidos vegetais em compostos orgânicos que torna os alimentos combustíveis para o crescimento e desenvolvimento de todas as espécies no planeta. Contudo, essa energia não fica estanque nos corpos dos animais que se alimentam das plantas: ela vai sendo gradativamente dissipada na medida em que um animal consome outro até a morte e a degradação dessa matéria orgânica pelos organismos chamados de decompositores. É sobre a importância desses e de outros organismos que vivem nos solos que vamos tratar. Os fungos e bactérias decompositores desempenham um papel fundamental na reciclagem dos elementos químicos na natureza. Eles se nutrem dos cadáveres de plantas e animais, decompondo-os, ou seja, transformando as substâncias orgânicas desses corpos em outras mais simples, posteriormente reutilizadas para a síntese de novas moléculas orgânicas. Se não ocorresse esse reaproveitamento de elementos químicos ao longo das gerações, em breve se esgotariam os recursos naturais existentes para constituir novos seres vivos. Nesse sentido, a vida está continuamente sendo recriada, a partir dos mesmos átomos(Amabis & Martho, 1994).  Além de decomporem a matéria orgânica e permitirem a reciclagem de minerais nos ecossistemas ao longo dos séculos, os microorganísmos (fungos, bactérias e algas) e também aqueles visíveis a olho nu (minhocas, formigas, cupins, coleópteros, etc) realizam uma série de atividades fundamentais para a sobrevivência de plantas e animais.  No solo as principais atividades dos organismos são, a decomposição da matéria orgânica, produção de húmus, reciclagem de nutrientes e energia, fixação de nitrogênio atmosférico, produção de compostos complexos que causam agregação do solo, decomposição de alguns compostos poluentes e controle biológico de pragas e doenças. A seguir, serão apresentados alguns exemplos da contribuição desses organismos para a agricultura orgânica. A contribuição dos organismos que vivem no solo: alguns exemplos As minhocas ao cavarem galerias pelos solos, favorecem a passagem de ar e água no interior deste, tornando os solos mais porosos e facilitando a penetração das raízes das plantas no mesmo. Ao se alimentarem da matéria orgânica no solo e de minerais, as minhocas também contribuem para aumentar a fertilidade dos campos cultivados, visto que podem produzir até 18.000 Kg de dejetos por hectare. Estes resíduos do trato digestivo das minhocas contém grandes quantidades de nitrogênio ( na forma de nitrato), cálcio. Magnésio, potássio e fósforo, assim como pH favorável ao desenvolvimento e nutrição das raízes das plantas cultivadas. Essa influência benéfica das minhocas é importantíssima para a agricultura nos trópicos, visto que os solos das regiões tropicais são naturalmente mais pobres em nutrientes minerais que os das regiões mais frias do planeta.  Além disto, não apenas as minhocas, mas também os cupins e as formigas ao manipularem, ingerirem e excretarem material de solo, ajudam a formar microagregados e a construir poros, tornando a estrutura do solo mais resistente aos processos naturais de erosão pelos ventos e chuvas. Deste modo, podemos dizer que a disponibilização de nutrientes feita pelas minhocas e outros seres vivos é um valioso serviço para incrementar a fertilidade e melhorar a estrutura física dos solos tropicais, tornando as propriedades agrícolas menos dependente de práticas como a aração ou de insumos (adubos, sais minerais) externos. Buscando fortalecer a biodiversidade presente no solo, os agricultores orgânicos aplicam uma série de técnicas para incrementar a matéria orgânica nos 30 cm superficiais do solo, onde a concentração desses organismos vivos é imensa. Outra contribuição importante é a das bactérias do gênero Rhizobium. Elas podem viver livremente no solo, porém, quando as plantas da família das leguminosas estão presentes, estas bactérias preferem se associar às raízes das plantas. Elas habitam as raízes das leguminosas, formando nódulos que podem ser vistos a olho nu como pequenas bolinhas, nas quais vivem milhares de bactérias. Em troca de açúcares e outros nutrientes que as leguminosas lhe fornecem, as bactérias do gênero Rhizobium captam o nitrogênio do ar e disponibilizam para suas plantas hospedeiras, numa relação em que os dois organismos se beneficiam e que é chamada de “mutualismo” pela biologia. Sem a presença destas bactérias, as leguminosas não teriam capacidade para captar sozinhas o nitrogênio da atmosfera e teriam seu desenvolvimento limitado pela falta deste nutriente essencial, presente nas moléculas das proteínas. Dependeriam, portanto, exclusivamente da adubação feita pelo agricultor, o que implicaria em maiores custos para a produção de alimentos e também em indesejáveis efeitos ambientais, como a poluição das águas subterrâneas pelo uso de adubos sintéticos de alta solubilidade. Além disto, se a adubação for realizada com estes fertilizantes altamente solúveis o custo energético para o planeta é alto: em geral se gasta 02 L de petróleo (recurso natural não renovável) para se produzir 01 L de nitrato, matéria-prima dos adubos que fornecem nitrogênio às plantas (Paschoal, 1994)  Além de realizarem o trabalho de captação do nitrogênio do ar a custo zero para os agricultores, quando as leguminosas morrem e se decompõem na lavoura (restos das culturas após a colheita), o nitrogênio volta a ficar disponível no solo para os próximos cultivos, fechando o ciclo da fixação biológica (feita pelas bactérias) e do aproveitamento de nitrogênio na agricultura.  Certas espécies de fungos existentes no solo também contribuem com algumas espécies comerciais (milho, feijão, maçã e morango), fornecendo água e minerais em troca de uma dieta de açúcares. Estes fungos possuem estruturas especiais chamadas de micorrizas que se conectam às raízes das plantas pelo lado de fora ou internamente, de forma a estabelecer com as plantas uma relação de cooperação onde ambos ganham. Ou seja, também se trata de uma relação de mutualismo (Gliessman, 2000).  Outra contribuição importante dos fungos é aquela exercida pelas espécies chamadas de “bolores”. Os quatro gêneros mais comuns de bolores são: Penicillium, Mucor, Fusarium e Aspergillus. Todos nós conhecemos estes gêneros de fungos, pois são eles que colonizam os alimentos (frutas, pães) no processo de decomposição, quando aparecem pontos esverdeados ou brancos sobre a comida. Estes bolores também habitam os solos em quantidades inumeráveis, sendo muito eficientes na decomposição da matéria orgânica no solo: eles continuam a decompor mesmo quando as bactérias e outro organismos param de funcionar. São, portanto, verdadeiros “recicladores” de nutrientes e minerais nas lavouras. Estes exemplos ilustram uma condição comum nos sistemas orgânicos de produção: quando mais diversificado for o solo em espécies de microorganismos, maiores serão as relações de cooperação entre estes organismos e as plantas cultivadas. Também serão maiores as chances de existirem neste solo, espécies que atuem como inimigos naturais dos fungos e bactérias que causem doenças ou parasitem as lavouras. A diversidade de vida microscópica favorece o equilíbrio ecológico também abaixo da superfície do solo, contribuindo para a estabilidade do sistema solo-planta-microorganismo de forma a reduzir sua vulnerabilidade a fatores externos (ataque de outros organismos, carência de alguns nutrientes, falta temporária de água, etc.).Por essas razões que na agricultura orgânica todas as práticas de manejo de solos, águas, plantas e criação animal visam criar condições que beneficiem a vida presente nos solos. Este é considerado não um mero suporte físico, mas um ecossistema cheio de vida, no qual através de complexas interações, os organismos que lá vivem irão disponibilizar tudo o que a planta precisa: ar, água, espaço para raízes e nutrientes( Primavesi. Técnicas, como a adubação e o manejo do solo e das plantas silvestres na propriedade visam alimentar esse solo vivo. Ele é a base do agroecossistema, que nada mais é do que um sistema agrícola compreendido com um ecossistema(Gliessman, 2000:629). Portanto, podemos dizer que a produção dos alimentos orgânicos resgata nos dias atuais, com o respaldo de estudos científicos, um conhecimento que os índios já possuíam no ano de 1500: que a terra é cheia de vida e, quando tratada com respeito, oferta essa vida em flores e frutos abundantes.
  A importância da vida no solo para a Agricultura