Há três anos, o Projeto de Educação Ambiental Vida, construiu 10 (dez) barraginhas sucessivas para armazenar a água da chuva no sitio demonstrativo o sítio é uma
propriedade de 10 hectares que fica na comunidade de Mucambo em Riachão do Jacuípe, município a pouco
mais de 180 quilômetros de Salvador. Com essas tecnologias, a água captada da chuva é
infiltrada no solo, eleva o lençol freático e viabiliza a prática da
agricultura mesmo em períodos de seca prolongada.
“A última vez que tivemos chuva intensa por aqui capaz de reabastecer os reservatório foi há dois anos, em
outubro de 2010. Mesmo assim, quem chega a esta área fica encantado,
porque o efeito que a gente percebe, a olho nu, é que foi criado um
verdadeiro microclima. A umidade relativa do ar aumenta e a vegetação se
manifesta. Mesmo com a seca que atinge a região, consegue-se produzir feijão,
milho, mandioca e hortaliças. Além disso, aproveita as margens das
barragens para plantar capim para alimentação animal. O agricultor para construir uma barraginha dessa
gasta apenas R$ 95 com capacidade de
armazenar 40 mil litros de água cada uma delas na superfície. “É uma técnica simples e
barata que qualquer agricultor pode fazer”, nesta propriedade destaca varias tecnoligias
que também vem sendo observada como uma cisterna que acumula
água da chuva para uso doméstico e uma cisterna-calçadão para produzir
alimentos e matar a sede de animais, uma barragem subterrânea além de vários barreiros comuns hoje calcula-se que a água armazenada seja
suficiente para o consumo da família e manter essa propriedade com alta suficiência.
“Com essas tecnologias, consegue armazenar até 3,2 milhões de litros de
água em uma propriedade de apenas 10,46 hectares. A maioria das pessoas da região
dependeram de carros-pipas por causa dessa longa estiagem, mas ainda essa propriedade teve água
para beber por oito meses e para usos domésticos, como lavar roupa e
tomar banho, por cinco meses.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
CONSTRUÇÃO DE TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEL DA AUTONOMIA A PEQUENAS PROPRIEDADES
quarta-feira, 7 de maio de 2014
UMA TÉCNICA USADA NA AGRICULTURA HOJE SENDO INOVADA É O SISTEMA PLANTIO DIRETO
O Sistema Plantio Direto (SPD) é um dos mais eficientes e sustentáveis sistemas de produção agropecuária em adoção na atualidade. É implantado a partir de três princípios: não arar ou gradear o solo antes do plantio, mantê-lo coberto com restos vegetais ou plantas vivas durante o ano e promover a rotação das culturas plantadas. Entre outros benefícios, minimiza a perda de solo pela erosão, possibilita a conservação e a melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo, aumentando a sua matéria orgânica, reduz a necessidade de mecanização e o gasto de energia e favorece a redução de custos de produção. Permite ainda a produção de água limpa, uma vez que o solo protegido favorece a infiltração e a recomposição do lençol freático, um importante serviço ambiental. O Brasil é líder em produção agrícola com esse sistema, graças ao empenho, ao empreendedorismo e à capacidade de inovação do agricultor brasileiro, que, com apoio da pesquisa e assistência técnica, promoveu uma expansão da adoção do sistema em todos os biomas. Por exemplo, esse sistema já é adotado em mais de 50% das lavouras de grãos no Brasil. E o objetivo é ampliar seu uso, que traz impactos positivos para produtores rurais de todo o País, em termos de aumento na produtividade, com ganhos ambientais, sociais e econômicos. A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) é um dos processos naturais mais importantes do planeta, ao lado da fotossíntese.
É realizada por bactérias presentes no solo, ou adicionadas via inoculantes, que se associam às plantas, geralmente às raízes, captam e transformam o nitrogênio do ar. Possibilita a troca de nutrientes e diminui a necessidade de adubação química nitrogenada. Essa tecnologia, que envolve o uso de bactérias fixadoras de nitrogênio, gera maior rendimento na produção, ajuda a recuperar áreas degradadas, melhora a fertilidade do solo e a qualidade da matéria orgânica, reduz o uso de insumos industriais na agricultura e contribui para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Hoje, 100% das plantações de soja no Brasil se beneficiam da FBN. Fixação Biológica de Nitrogênio. E, com mais pesquisa e maior adoção pelo setor produtivo, até 2020 é possível reduzir a fertilização química nitrogenada em 80% a 100% no feijoeiro, em até 100% para diversas leguminosas de grãos e forrageiras, até 50% na cana-de-açúcar, até 40% no milho e trigo e até 20% no arroz.
PARA UM SITEMA DE PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL ÁGUA E SOLOS SÃO FATORES FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO.
A agricultura brasileira avançou de forma segura na direção da sustentabilidade ao longo das últimas décadas. O Brasil é o 4º maior produtor em Agricultura Orgânica, que vem crescendo 20% ao ano. Prioriza o uso de recursos naturais renováveis disponíveis localmente e faz uso de tecnologias que visem à conservação ambiental e da biodiversidade. Com a Produção Integrada (PI-Brasil), todas as etapas produtivas são acompanhadas para assegurar o processo sustentável. Da colheita até o comércio, os produtos são rastreados, de forma a preservar seus nutrientes, qualidade e segurança para a saúde. O resultado disso é a certificação PI-Brasil. Já na Produção Aquícola, ou Aquicultura, trabalha-se a criação racional e controlada de organismos aquáticos, como peixes, tartarugas, camarões, mexilhões e outros, de forma a não comprometer a biodiversidade e os recursos naturais. Para a FAO, a aquicultura é o único tipo de produção de alimentos que cresce mais que a população mundial. Hoje, já abastece 50% do mercado de pescado no mundo.
décadas. Entre as alternativas de Sistemas de Produção Sustentável destacam-se a Agricultura Orgânica, Produção Integrada Agropecuária, Aquicultura, Produção Agroflorestal e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), além de várias outras.
Danos causados ao meio ambiente são consequências de desmatamento, queimadas, redução da biodiversidade, emissão de gases de efeito estufa, mudanças climáticas, uso indiscriminado de agroquímicos, degradação do solo e diminuição da disponibilidade e poluição da água. Para mudar esse cenário, alternativas sustentáveis buscam melhorar a forma de manejar o solo e a água. Com essa preocupação, soluções são estudadas e implantadas pela pesquisa e pelo setor produtivo, com o objetivo de inovar, melhorar, modernizar e trabalhar o campo de forma a garantir a manutenção e utilização dos recursos naturais indefinidamente. As soluções tecnológicas amenizam os impactos negativos das atividades agropecuárias. São práticas que mantém os atributos físicos, químicos e biológicos do solo e possibilitam a manutenção da água limpa e abundante. Permitem ainda que sejam desenvolvidas atividades agropecuárias mais produtivas, sem necessidade de expansão para novas áreas ou de degradação dos recursos naturais.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
A TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA NO CONTEXTO DA SUSTENTABILIDADE
Para falar sobre a transição agroecológica, é preciso lembrar que a primeira
transição da agricultura no século XX foi representada pela passagem da
agricultura tradicional para a agricultura baseada em insumos industriais, mais
conhecida como agricultura moderna.
Esse processo de mudança foi relativamente longo, tendo iniciado no final do século XIX, ainda que o principal fenômeno que marca esta transição tenha ficado conhecido em todo o mundo como Revolução Verde, que teve seus principais efeitos a partir dos anos 1950. Nas proximidades do polo oposto do continuo, se situariam as formas de agricultura ditas alternativas que, apoiadas pelos princípios da Agroecologia, buscariam maior aproximação e integração entre os conhecimentos agronômicos, culturais, ecológicos, sociais e de outras disciplinas correlatas, com o fim de gerar base científica e tecnológica mais afastada daquela que apoia o modelo agroquímico. Suas características seriam: estratégias baseadas em conceitos ecológicos; conhecimento científico integrado ao conhecimento local; participação
Esse processo de mudança foi relativamente longo, tendo iniciado no final do século XIX, ainda que o principal fenômeno que marca esta transição tenha ficado conhecido em todo o mundo como Revolução Verde, que teve seus principais efeitos a partir dos anos 1950. Nas proximidades do polo oposto do continuo, se situariam as formas de agricultura ditas alternativas que, apoiadas pelos princípios da Agroecologia, buscariam maior aproximação e integração entre os conhecimentos agronômicos, culturais, ecológicos, sociais e de outras disciplinas correlatas, com o fim de gerar base científica e tecnológica mais afastada daquela que apoia o modelo agroquímico. Suas características seriam: estratégias baseadas em conceitos ecológicos; conhecimento científico integrado ao conhecimento local; participação
ativa da população rural na determinação das formas de manejo dos
agroecossistemas; maior valorização da biodiversidade e da diversidade
cultural. A meta seria alcançar sistemas de produção economicamente
viáveis, ecologicamente equilibrados, socialmente justos e culturalmente
aceitáveis. Em suma, a ecologização não seria essencialmente orientada
ao mercado, mas estaria centrada na segurança alimentar, incorporando
valores ambientais e uma nova ética na relação homem-natureza (a Economia
como subsistema da Natureza). Feitas estas considerações, temos a transição como a passagem do modelo produtivista convencional à estilos de produção mais complexos sob o ponto de vista da conservação e manejo dos recursos naturais, ou seja, um processo social orientado à obtenção de índices mais equilibrados de sustentabilidade, estabilidade, produtividade, equidade
e qualidade de vida na atividade agrária
. Nesse contexto, e tendo presente a Nova Extensão Rural, a transição
agroecológica se refere a um processo gradual de mudança, através do tempo, nas
formas de manejo dos agroecossistemas, tendo como meta a passagem de um modelo agroquímico
de produção à outro modelo ou estilo de agricultura que incorpore princípios,
métodos e tecnologias com base ecológica.
Entretanto, por se tratar de um processo social, a transição agroecológica
implica não somente uma maior racionalização econômico produtiva com base nas
especificidades biofísicas de cada agroecossistema, mas também uma mudança nas
atitudes e valores dos atores sociais em relação ao manejo e conservação dos
recursos naturais, o que não dispensa o progresso técnico e o avanço do conhecimento
científico
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