O Sistema Plantio Direto (SPD) é um dos mais eficientes e sustentáveis
sistemas de produção agropecuária em adoção na atualidade. É implantado a
partir de três princípios: não arar ou gradear o solo antes do plantio,
mantê-lo coberto com restos vegetais ou plantas vivas durante o ano e promover
a rotação das culturas plantadas. Entre outros benefícios, minimiza a perda de
solo pela erosão, possibilita a conservação e a melhoria dos atributos físicos,
químicos e biológicos do solo, aumentando a sua matéria orgânica, reduz a
necessidade de mecanização e o gasto de energia e favorece a redução de custos
de produção. Permite ainda a produção de água limpa, uma vez que o solo
protegido favorece a infiltração e a recomposição do lençol freático, um
importante serviço ambiental.
O Brasil
é líder em produção agrícola com esse sistema, graças ao empenho, ao
empreendedorismo e à capacidade de inovação do agricultor brasileiro, que, com
apoio da pesquisa e assistência técnica, promoveu uma expansão da adoção do
sistema em todos os biomas. Por exemplo, esse sistema já é adotado em mais de
50% das lavouras de grãos no Brasil. E o objetivo é ampliar seu uso, que traz
impactos positivos para produtores rurais de todo o País, em termos de aumento
na produtividade, com ganhos ambientais, sociais e econômicos. A Fixação
Biológica de Nitrogênio (FBN) é um dos processos naturais mais importantes do
planeta, ao lado da fotossíntese.

É realizada por bactérias presentes no solo,
ou adicionadas via inoculantes, que se associam às plantas, geralmente às
raízes, captam e transformam o nitrogênio do ar. Possibilita a troca de
nutrientes e diminui a necessidade de adubação química nitrogenada. Essa
tecnologia, que envolve o uso de bactérias fixadoras de nitrogênio, gera maior
rendimento na produção, ajuda a recuperar áreas degradadas, melhora a
fertilidade do solo e a qualidade da matéria orgânica, reduz o uso de insumos
industriais na agricultura e contribui para reduzir a emissão de gases de
efeito estufa (GEE). Hoje, 100% das plantações de soja no Brasil se beneficiam da FBN. Fixação
Biológica de Nitrogênio. E, com mais pesquisa e maior adoção pelo setor
produtivo, até 2020 é possível reduzir a fertilização química nitrogenada em
80% a 100% no feijoeiro, em até 100% para diversas leguminosas de grãos e
forrageiras, até 50% na cana-de-açúcar, até 40% no milho e trigo e até 20% no
arroz.