Para falar sobre a transição agroecológica, é preciso lembrar que a primeira
transição da agricultura no século XX foi representada pela passagem da
agricultura tradicional para a agricultura baseada em insumos industriais, mais
conhecida como agricultura moderna.
Esse processo de mudança foi relativamente longo, tendo iniciado no final do século XIX, ainda que o principal fenômeno que marca esta transição tenha ficado conhecido em todo o mundo como Revolução Verde, que teve seus principais efeitos a partir dos anos 1950. Nas proximidades do polo oposto do continuo, se situariam as formas de agricultura ditas alternativas que, apoiadas pelos princípios da Agroecologia, buscariam maior aproximação e integração entre os conhecimentos agronômicos, culturais, ecológicos, sociais e de outras disciplinas correlatas, com o fim de gerar base científica e tecnológica mais afastada daquela que apoia o modelo agroquímico. Suas características seriam: estratégias baseadas em conceitos ecológicos; conhecimento científico integrado ao conhecimento local; participação
Esse processo de mudança foi relativamente longo, tendo iniciado no final do século XIX, ainda que o principal fenômeno que marca esta transição tenha ficado conhecido em todo o mundo como Revolução Verde, que teve seus principais efeitos a partir dos anos 1950. Nas proximidades do polo oposto do continuo, se situariam as formas de agricultura ditas alternativas que, apoiadas pelos princípios da Agroecologia, buscariam maior aproximação e integração entre os conhecimentos agronômicos, culturais, ecológicos, sociais e de outras disciplinas correlatas, com o fim de gerar base científica e tecnológica mais afastada daquela que apoia o modelo agroquímico. Suas características seriam: estratégias baseadas em conceitos ecológicos; conhecimento científico integrado ao conhecimento local; participação
ativa da população rural na determinação das formas de manejo dos
agroecossistemas; maior valorização da biodiversidade e da diversidade
cultural. A meta seria alcançar sistemas de produção economicamente
viáveis, ecologicamente equilibrados, socialmente justos e culturalmente
aceitáveis. Em suma, a ecologização não seria essencialmente orientada
ao mercado, mas estaria centrada na segurança alimentar, incorporando
valores ambientais e uma nova ética na relação homem-natureza (a Economia
como subsistema da Natureza). Feitas estas considerações, temos a transição como a passagem do modelo produtivista convencional à estilos de produção mais complexos sob o ponto de vista da conservação e manejo dos recursos naturais, ou seja, um processo social orientado à obtenção de índices mais equilibrados de sustentabilidade, estabilidade, produtividade, equidade
e qualidade de vida na atividade agrária
. Nesse contexto, e tendo presente a Nova Extensão Rural, a transição
agroecológica se refere a um processo gradual de mudança, através do tempo, nas
formas de manejo dos agroecossistemas, tendo como meta a passagem de um modelo agroquímico
de produção à outro modelo ou estilo de agricultura que incorpore princípios,
métodos e tecnologias com base ecológica.
Entretanto, por se tratar de um processo social, a transição agroecológica
implica não somente uma maior racionalização econômico produtiva com base nas
especificidades biofísicas de cada agroecossistema, mas também uma mudança nas
atitudes e valores dos atores sociais em relação ao manejo e conservação dos
recursos naturais, o que não dispensa o progresso técnico e o avanço do conhecimento
científico
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