Existem
cerca de 530 variedades tropicais e sub-tropicais de maracujazeiro sendo 150
nativas do Brasil e 60 delas produzem frutos que podem ser aproveitados na
alimentação.
Floração/Polinização/Frutificação:
A flor do
maracujá tem 5 estames e três estigmas em plano superior aos estames o que
dificulta a polinização; a autofecundação é rara
(autoincompatibilidade) e
produz frutos menores com poucas sementes, A polinização predominante é feita
por insetos (mamangavas) com pólen de outra flor (polinização cruzada). A
produção de flores sempre se da em ramos novos do ano que favorece podas). Em
regiões quentes (Bahia) não há paralização de emissão de flores no inverno. As
flores (maracujá amarelo) abrem-se depois das 12 horas e fecham-se em torno das
18 horas e maracujá-doce entre 5 horas e 18 horas. O mais importante agente
polinizador é a mamangava (abelha grande cor preta e amarela) insetos não
sociais, com ninhos na madeira mole; a preservação da mamangava e incremento da
sua população é feito pela construção de abrigos usando tocos secos de bambu e
pelo plantio de plantas que produzem flores atrativas como hibriscus, corriola
(Ipomoea) e cássia (Cássia sp).
Paralelamente
os defensivos agrícolas só devem ser aplicados cedo, pela manhã. Em áreas acima
de dez hectares recomenda-se a polinização artificial; o homem utiliza-se de
dedeiras de flanela para a polinização nas épocas de maior floração em um dos
lados da fileira de maracujazeiro (plantio orientado, sentido norte-sul) entre
as 13 e 15 horas.
Irrigações
via aspersão e pivot central devem ser feitas pela manhã ou final da tarde ou a
noite; em períodos de chuvas intensa espera-se redução no índice da
frutificação.
O
rendimento da polinização artificial é de 50 flores por minuto, 2 a 3 pessoas
polinizam 1 hectare por tarde. Obtêm-se valores de 60-80% de rendimento
(frutificações). Deve-se efetuar a polinização cruzada desde o inicio da
floração (e não concentra-la nos picos da florada) e saber que a flor do
maracujá amarelo permanece disponível por 4 horas para a polinização. A safra
dura 10 meses no Nordeste.
Após a abertura da flor o fruto alcança máximo
desenvolvimento no 18º dia, maturação completa no 80º dia e ponto de colheita
entre 50º e 60º dia (máximo de peso, maior índice em Brix). Plantas eleitas
para colheita de frutos para sementes devem ter flores com alta percentagem de
estiletes curvos
Propagação do
Maracujazeiro/Formação de Mudas:
A
propagação utilizando-se sementes (produção de pé de franco) é o método usual
para atender ao estabelecimento de pomares comerciais. Os métodos de propagação
vegetativa são: estaquia (estacas lenhosas maduras com 20-25 m de comprimento e
diâmetro igual ao lápis, enraízam bem); mergulhia e enxertia, ainda não bem
estudadas, não são utilizadas para plantios comerciais.
Clima e Solos:
Clima: O maracujazeiro é planta de
clima quente e úmido medrando bem em regiões de clima tropical e sub-tropical;
a planta não resiste à geadas notadamente o maracujá amarelo e não frutifica
sob temperaturas baixas.
-
Temperatura: ideal para desenvolvimento frutificação em 25-26ºC, para
frutificação a temperatura de 26ºC é ideal.
- Chuvas:
precipitação pluviométrica ideal entre 1.200 mm a 1.400 mm bem distribuída ao
longo do ano é adequada para o maracujazeiro (limites 800 mm a 1.700 mm / ano);
precipitações intensas em picos de floração dificultam a polinização por
romper-se o grão de pólen e por afastar os insetos polinizadores. De ordinário
a água é fator importante para a frutificação.
- A
umidade relativa do ar deve ser baixa; a luminosidade deve ser alta (planta
necessita de 11 horas de luz / dia para entrar em floração para produção de
frutos com ótimo aspecto, sobor e aroma; ventos não devem ser fortes ou frios
ou quentes e secos. Planta de dias longos.
Solos: A planta desenvolve-se em
diferentes tipos de solos-preferencialmente os areno-argilosos com bom teor de
matéria orgânica – desde que sejam profundos, férteis e com boa drenagem, com
pH entre 5,0 e 6,5. Evitar solos arenosos e argilosos de baixa fertilidade e
com pH abaixo de 5. Medra bem em regiões com altitude entre 100 e 900 m e em
terrenos planos a ligeiramente ondulados.
Em locais
sujeitos a ventos fortes estabelecer barreira quebra-ventos; ela proteger, a
área de plantio equivalente a 15 a 20 vezes a altura da planta adulta. Bambu,
eucaliptos, hibiscos, capim napier são algumas espécies que podem constituir
barreiras quebra-ventos.
Solos: A planta desenvolve-se em
diferentes tipos de solos-preferencialmente os areno-argilosos com bom teor de
matéria orgânica – desde que sejam profundos, férteis e com boa drenagem, com
pH entre 5,0 e 6,5. Evitar solos arenosos e argilosos de baixa fertilidade e
com pH abaixo de 5. Medra bem em regiões com altitude entre 100 e 900 m e em
terrenos planos a ligeiramente ondulados.
Em locais
sujeitos a ventos fortes estabelecer barreira quebra-ventos; ela proteger, a
área de plantio equivalente a 15 a 20 vezes a altura da planta adulta. Bambu,
eucaliptos, hibiscos, capim napier são algumas espécies que podem constituir
barreiras quebra-ventos.