Fertilidade é a capacidade do solo de ceder nutrientes para as plantas. A fertilidade do solo pode ser dividida em quatro tipos:
a) Fertilidade Natural: É a fertilidade decorrente do processo de
formação do solo: material de origem + ambiente + organismos + tempo.
Fertilidade de um solo nunca trabalhado.
b) Fertilidade Atual: É a fertilidade do solo após a ação antrópica (do
homem). Fertilidade após práticas de manejo que visam fornecer
nutrientes para as culturas por meio de correção e adubação mineral ou
orgânica.
c) Fertilidade Potencial: É a que pode se manifestar a partir de
determinadas condições. Nesse caso, alguma característica do solo pode
estar limitando a real capacidade do solo em ceder nutrientes para as
plantas. Ex.: Solos ácidos.
d) Fertilidade Operacional: É a fertilidade estimada a partir da
determinação dos teores de nutrientes no solo por determinados
extratores químicos. Nem sempre a fertilidade operacional é exatamente a
fertilidade natural ou a atual do solo. Elas se correlacionam, mas
podem não ser exatamente iguais.
Para que as plantas se desenvolvam normalmente, alguns fatores são
indispensáveis: temperatura, luz, ar, água, nutrientes, etc. Os
nutrientes são elementos químicos essenciais ao desenvolvimento das
plantas. Carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O) são elementos
essenciais para as plantas, constituindo 90 a 96 % dos tecidos vegetais.
Entretanto, não são considerados no estudo da fertilidade do solo, pois
são, prioritariamente, fornecidos pelo ar e pela água. Para a
fertilidade do solo os nutrientes são classificados como:
a) Macronutrientes primários: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K).
b) Macronutrientes secundários: cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e enxofre (S).
c) Micronutrientes: boro (B), ferro (Fe), zinco (Zn), manganês (Mn), cobre (Cu), molibdênio (Mo) e cloro (Cl).
Os nutrientes absorvidos em grandes quantidades pelas culturas são
considerados macronutrientes. Aqueles absorvidos em menores quantidades,
são considerados micronutrientes. No entanto, todos são essenciais e a
deficiência de apenas um deles, pode prejudicar o desenvolvimento normal
das culturas e, consequentemente, sua produção.
A subdivisão entre macronutrientes primários e secundários é apenas uma
questão de marketing industrial, dado o advento das formulações N-P-K.
Mas, não há qualquer relação com a importância dos nutrientes, uma vez
que todos são essenciais e absorvidos em grandes quantidades.