Na
comunidade Mucambo, a 16 km do município de Riachão do Jacuípe, no sertão da
Bahia, o agricultor Abelmanto Carneiro de Oliveira usa de conhecimento e inovação
para melhorar a qualidade de vida da família e tornar sua propriedade uma das mais
produtivas mesmo durante a estiagem do semiárido nordestino e mais visitada na Bahia,. Usando de observação, curiosidade
e constante interesse em novos aprendizados, Abel, como é conhecido, incorporou
muitas práticas agroecológicas que aprendeu na caminhada junto com o MOC, organização
parceira da ActionAid na região. “Sempre participei dos cursos, reuniões,
visitas de intercâmbios de experiências promovida pelo MOC, então hoje considero
que minha propriedade é agroecológica ”, conta ele. Por conta de suas
experimentações Abel tornou-se um exemplo na comunidade A captação e uso
racional e diversificado da água é o que mais chama a atenção numa região de clima
semiárido. Abel implementou cisternas de placa que captam água de chuva para
consumo familiar; um barreiro, espécie de pequeno lago que abastece os animais
e a produção; e uma barragem subterrânea, técnica de fixação da água no solo,
que torna a terra mais propensa ao cultivo. Aproveitando a área da barragem subterrânea,
ele diversifica a plantação. Milho e feijão, por exemplo, podem ser plantados junto
com manga, goiaba é plantada junto à cereja, amora, groselha, folha de louro,
café e outras, que são características de outras regiões e estão tendo sua produtividade
testada pelo agricultor. Já para a irrigação da horta da família, Abel
desenvolveu um sistema a partir de materiais
recicláveis, como canos de caneta, garrafa pet e mangueira, que borrifam a água para os canteiros de hortaliças Com esses métodos, a família de Abel atravessou os últimos dois anos e meio de severa estiagem sem problemas de abastecimento de água, ao contrário de outras famílias da região que não usam técnicas agroecológicas. No final de 2013, o estoque de água para consumo familiar era de aproximadamente 700 litros enquanto que o estoque para produção chegou a três milhões de litros. A família de Abel pôde ser solidária até fornecendo água para vizinhos em situação difícil. Uma das últimas tecnologias adotadas pela família foi biodigestor, técnica que permite transformar o gás liberado pelo processo de fermentação das fezes de animais em gás utilizado na cozinha, o gás metano. Dessa forma, Abel proporciona a sua família uma energia reciclável e de muito baixo custo. “ Sempre quis fazer isso, mas não sabia como. Depois de uma visita de intercâmbio à comunidade de Pesqueira, em Pernambuco, vi como era feito e tomei a iniciativa. O biodigestor tem um monte de utilidades. Além de produzir gás, ele é biofertilizante ”,explica Abel.
recicláveis, como canos de caneta, garrafa pet e mangueira, que borrifam a água para os canteiros de hortaliças Com esses métodos, a família de Abel atravessou os últimos dois anos e meio de severa estiagem sem problemas de abastecimento de água, ao contrário de outras famílias da região que não usam técnicas agroecológicas. No final de 2013, o estoque de água para consumo familiar era de aproximadamente 700 litros enquanto que o estoque para produção chegou a três milhões de litros. A família de Abel pôde ser solidária até fornecendo água para vizinhos em situação difícil. Uma das últimas tecnologias adotadas pela família foi biodigestor, técnica que permite transformar o gás liberado pelo processo de fermentação das fezes de animais em gás utilizado na cozinha, o gás metano. Dessa forma, Abel proporciona a sua família uma energia reciclável e de muito baixo custo. “ Sempre quis fazer isso, mas não sabia como. Depois de uma visita de intercâmbio à comunidade de Pesqueira, em Pernambuco, vi como era feito e tomei a iniciativa. O biodigestor tem um monte de utilidades. Além de produzir gás, ele é biofertilizante ”,explica Abel.