Saneamento
O saneamento e a saúde humana, desde tempos remotos, possuem estreita relação. O saneamento desenvolveu-se de acordo com a evolução das diversas civilizações, ora retrocedendo com a queda das mesmas, ora renascendo com o aparecimento de outras.
Atualmente, cerca de 84,4% da população brasileira é atendida com água encanada e 59,1% com redes coletoras de esgotos*. O déficit existente está concentrado basicamente nas periferias e zonas rurais pobres.Verifica-se um claro exemplo de injustiça ambiental, pois os impactos da falta de estrutura sanitária recaem de maneira desproporcional sobre populações mais vulneráveis. É de amplo conhecimento que no Brasil as doenças resultantes da falta ou da inadequação de saneamento, especialmente em áreas pobres, têm agravado o quadro epidemiológico. Males como a cólera, dengue, esquistossomose e leptospirose são exemplos disso.
Investir em saneamento é a única forma de se reverter o quadro existente. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde afirmam que cada R$ 1,00 (um real) investido no setor de saneamento, economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) na área da medicina curativa.
Além disso, a falta de esgotamento sanitário adequado prejudica o meio ambiente, contaminando solos, rios, lagos e lagoas. A descarga de esgotos tratados de modo convencional em lagos, reservatórios e estuários acelera o processo de eutrofização. A deterioração da qualidade da água, assim resultante, interfere no reuso indireto para abastecimento público e atividades recreativas. Os prejuízos causados ao corpo receptor e, em consequências à população podem ser reduzidos com a implantação de sistemas eficientes de tratamento de água e de esgoto.